Vicky Cristina BarcelonaNunca fui fã da Penélope, mas neste ela redime-se... Maria Elena!
O Bardem tem definitivamente qualquer coisa que me prende ao ecrã.
E porque razão Rebeca Hall não tem honras de protagonista no poster?! Ah, claro, não é coqueluche do realizador, como a Scarlett. Tss tss tss, Non è giusto!
Preferia ter revisitado Barcelona pelo meu pé, mas, não sendo possível, foi simpático da parte do Woody, esse judeu marafado que a sabe toda, ter lá filmado para gáudio dos fãs da cidade catalã - como é o meu caso. Não é seguramente a obra pela qual será lembrado, mas é um plot adorável, não obstante o cliché escarrapachado sobre o qual é construído - ou justamente por isso. Afinal, não têm todos os lugares-comuns uma mão cheia de verdade? Também eu considero infinitamente mais interessantes os homens que ora se perdem, ora se encontram nos mistérios da arte e nas incertezas da vida. A criatividade e dimensão artística conferem-lhes uma aura qualquer que funciona como um íman de sedução, tão longe das convenções, dos parâmetros sociais padronizados, previsíveis e supostamente seguros, e tão mais interessantes por serem inesperados e emocionantes! Um yuppi engravatado e rotineiro ou um artista plástico irreverente com o cabelo revolto? Hum... Tic tac tic tac... Tough choice, han? Mas que sei eu... O romantismo está condenado às urtigas.