29 janeiro 2009


Sou só eu que acho ou...?



















Javier Bardem
Jeffrey Dean Morgan


Vicky Cristina Barcelona

Nunca fui fã da Penélope, mas neste ela redime-se... Maria Elena!
O Bardem tem definitivamente qualquer coisa que me prende ao ecrã.
E porque razão Rebeca Hall não tem honras de protagonista no poster?! Ah, claro, não é coqueluche do realizador, como a Scarlett. Tss tss tss, Non è giusto!


Preferia ter revisitado Barcelona pelo meu pé, mas, não sendo possível, foi simpático da parte do Woody, esse judeu marafado que a sabe toda, ter lá filmado para gáudio dos fãs da cidade catalã - como é o meu caso. Não é seguramente a obra pela qual será lembrado, mas é um plot adorável, não obstante o cliché escarrapachado sobre o qual é construído - ou justamente por isso. Afinal, não têm todos os lugares-comuns uma mão cheia de verdade? Também eu considero infinitamente mais interessantes os homens que ora se perdem, ora se encontram nos mistérios da arte e nas incertezas da vida. A criatividade e dimensão artística conferem-lhes uma aura qualquer que funciona como um íman de sedução, tão longe das convenções, dos parâmetros sociais padronizados, previsíveis e supostamente seguros, e tão mais interessantes por serem inesperados e emocionantes! Um yuppi engravatado e rotineiro ou um artista plástico irreverente com o cabelo revolto? Hum... Tic tac tic tac... Tough choice, han? Mas que sei eu... O romantismo está condenado às urtigas.

21 janeiro 2009

I want my life back...
pizza
manteiga de amendoim
chocolate
Six Feet Under
colapso
blog
Best-Seller. O meu.
Música
ler
Grey's Anatomy
botas
old movies
mais chocolate
quilos
espelho
Weeds
volume
e mais chocolate
tédio
nostalgia
cansaço
vazio...

Caetano Veloso - Sozinho


Às vezes, no silêncio da noite...

18 janeiro 2009


Dar e Receber

Há cerca de um mês estive a trabalhar na tradução de um livro de auto-ajuda que não é especialmente bom, nem se destaca de todos os outros que enchem as livrarias... A diferença foi que a este, tive de o ler e, forçosamente, com uma atenção especial. Por uma razão qualquer, senti-me tocada por alguns relatos na primeira pessoa, testemunhos de vidas tão diferentes da minha e que evocavam o acto de DAR como um passo rumo à felicidade. Dito assim parece tentar vender a banha da cobra, mas penso que cada um de nós já experimentou a sensação, em maior ou menor escala, de contribuir para que alguém tenha mais esperança no amanhã e sabemos como nos enchemos de um secreto orgulho, comoção ou até expectativa. Hoje, ao assistir a um programa de televisão sobre a ajuda humanitária que alunos americanos têm dado a jovens necessitados de países em desenvolvimento - com todo o sensacionalismo e produção envolvidos -, dei por mim interessada em perceber se também eu, que gozo do conforto da minha casa e que tive acesso à educação sem nunca pôr em causa esse direito fundamental, poderia contribuir para ajudar, ainda que modestamente. Pesquisei na net e através de http://www.oambassadors.org/ (claro que a Oprah Winfrey tinha de estar metida ao barulho!) descobri o Hunger Site e, associado a esse, o Breast Cancer Site, Child Health, Literacy, Rainforest e Animal Rescue. Há para todas as vocações e interesses! E descobri que COM APENAS UM CLIQUE QUE NÃO NOS CUSTA UM CÊNTIMO estaremos a DAR e, espero eu, a contribuir para um mundo melhor. Pensar que alguns segundos do meu tempo podem valer a saciedade de uma criança desnutrida, material escolar ou acesso a exames médicos dá-me um senso íntimo de bem-estar e alegria. Eu sei que não há milagres e nem será este gesto que me isentará da minha responsabilidade como cidadã do mundo, mas é um começo. Quem sabe, o meu começo para a publicitada felicidade do livro que traduzi. E, se formos muitos a clicar, talvez possamos fazer a diferença. Quero acreditar que sim...

17 janeiro 2009


Quando um dia voltar a abrir a porta dos meus sonhos, quero encontrar-te adormecido no sofá com uma chávena de chocolate a fumegar, esquecida no chão, e o teu silêncio a chamar por mim...

Ainda bem que não nos apaixonamos apenas por pessoas...

08 janeiro 2009


Há um mês atrás escrevi, acometida por um optimismo e ingenuidade absurdos, que começava aí uma nova etapa da minha vida, o virar da mesa, a caminhada rumo à estabilidade e alívio. Mas não. Foi apenas um apontamento de trabalho que me retirou da rotina do desemprego e que não teve réplicas desde então. Pior: fui atacada sem dó nem piedade pelo vírus influenza e fiquei confinada à cama, sem apetite e com os lenços de papel por companhia. Mudou o ano e eu não mudei. Mudou o ano e continua tudo igualmente estático na minha vida. Já ouvi falar de casos de indigência profunda que começaram por menos. Como é que se contraria o estado das coisas? Como é que se põe um ponto final nesta sucessão de dias sem novidades boas? Como dar um novo rumo à vida? Não sei para onde me virar... e começo a duvidar das minhas forças e capacidade de resistência, já para não falar das suspeitas relativamente a uma grande conspiração cósmica que me está a pôr à prova. Até quando...?