28 março 2009



... ou para três, quatro ou mais! Desde que arranjem maneira de conhecer o texto, é o que interessa - até porque a peça, na Barraca, só está em cena até este Domingo. Não sou particularmente fã desta dupla de actores, mas também não tenho nada contra. Aliás, a pronunciar-me sobre a interpretação, só posso dizer que, comparativamente ao que vi deles em televisão, reconheço-lhes um salto qualitativo com pé de gigante. O texto ajuda... e como! É um poema dark, carregado de suspeita e psicoses, claustrofóbico e exigente. Fiquei ainda com mais vontade de ver Um eléctrico chamado desejo (1951) e Gata em telhado de zinco quente (1958) - adiados há tantos anos, imperdoavelmente - e perceber se também aí estão presentes os jogos neuróticos e quase sinistros entre personagens. Na pequena sala da Barraca, pontuada aqui e ali com algumas caras conhecidas do meio, não se ouvia sequer a respiração. É bom quando algo mais nos prende do que as sempre estreitas cadeiras... Neste caso, devo-o a Tennessee Williams. E poucas horas após ter-se comemorado o Dia Mundial do Teatro, calha bem :)

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