14 fevereiro 2009


Em dia de São Valentim, o meu aplauso e admiração para com os Valentões e Valentonas que, destemidamente, exibem um sorriso perante casalinhos polulantes em exibições públicas de carinho e cumplicidade.

Admitamos: não é fácil estar só à beira-rio com um livro nas mãos e abstrairmo-nos dos beijos repenicados, dos risinhos e do caminhar pausado dos namorados. Não é fácil manter as pálpebras semi cerradas na direcção das letras e resistir à auto-flagelação que é constatar a alegria dos outros. É um acto de coragem estar entre eles a abraçar um livro em vez de uma pessoa. É uma afirmação do direito à felicidade, não obstante a inexistência de um par. Proponho, pois, que para estes solitários (à força ou por opção) se instaure o Dia da Suprema Valentia e se encontre um padroeiro à medida!

1 comentário:

Anónimo disse...

Talvez a presença humana (neste caso de um ser humano específico) tenha perdido relevância após umas horas a apurar a angústia solitária, partilhada com um livro. De qualquer modo queria deixar aqui o meu voto de protesto pois não gostei da omissão total e absoluta acerca da presença de quem te fez companhia e a teu lado caminhou pausadamente durante toda essa tarde à beira-rio, no dia de S. Valentim.