Podia ter optado pela apanha da azeitona... ou, num registo mais doce, pela apanha de algodão, de preferência já com corante de morango. Mas não. Eu é mais canas. De açúcar. Ou bambú. Com farpas e nódulos. E que assobiem ao vento. Divagações em tons púrpura........................................................................................................... amorgadinhadoscanaviais@gmail.com
14 fevereiro 2009
Em dia de São Valentim, o meu aplauso e admiração para com os Valentões e Valentonas que, destemidamente, exibem um sorriso perante casalinhos polulantes em exibições públicas de carinho e cumplicidade.
Admitamos: não é fácil estar só à beira-rio com um livro nas mãos e abstrairmo-nos dos beijos repenicados, dos risinhos e do caminhar pausado dos namorados. Não é fácil manter as pálpebras semi cerradas na direcção das letras e resistir à auto-flagelação que é constatar a alegria dos outros. É um acto de coragem estar entre eles a abraçar um livro em vez de uma pessoa. É uma afirmação do direito à felicidade, não obstante a inexistência de um par. Proponho, pois, que para estes solitários (à força ou por opção) se instaure o Dia da Suprema Valentia e se encontre um padroeiro à medida!
Publicada por
A Morgadinha
à(s)
19:49
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1 comentário:
Talvez a presença humana (neste caso de um ser humano específico) tenha perdido relevância após umas horas a apurar a angústia solitária, partilhada com um livro. De qualquer modo queria deixar aqui o meu voto de protesto pois não gostei da omissão total e absoluta acerca da presença de quem te fez companhia e a teu lado caminhou pausadamente durante toda essa tarde à beira-rio, no dia de S. Valentim.
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